domingo, 18 de outubro de 2009

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Origem

A economia solidária origina-se na Primeira Revolução Industrial, como reação dos artesãos expulsos dos mercados pelo advento da máquina a vapor. Na passagem do século XVIII ao século XIX, surgem na Grã-Bretanha as primeiras Uniões de Ofícios (Trade Unions) e as primeiras cooperativas. Com a fundação da cooperativa de consumo dos Pioneiros Eqüitativos de Rochdale (1844), o cooperativismo de consumo consolida-se em grandes empreendimentos e espalha-se pela Europa primeiro e depois pelos demais continentes.

Conceito

A economia solidária é um modo específico de organização de atividades econômicas. Ela caracteriza-se pela autogestão, ou seja, pela autonomia de cada unidade ou empreendimento e pela igualdade entre os seus membros.

A Economia Solidária no Brasil

O movimento de Economia Solidária tem crescido de maneira muito rápida, não apenas na Europa e no Brasil, mas também em diversos outros países.
O seu crescimento deve-se a inúmeros fatores, dos quais vale destacar os seguintes: Resistência de trabalhadoras e trabalhadores à crescente exclusão, desemprego urbano e desocupação rural resultantes da expansão agressiva de uma globalização que torna mais e mais pessoas totalmente descartáveis para o funcionamento da máquina de produção e consumo. Tal resistência manifesta-se primeiramente como luta pela sobrevivência, na conformação de um mercado informal crescente, em que brotam iniciativas de economia popular, tais como camelôs, flanelinhas, ambulantes, e tantos outros empreendimentos normalmente voltados à reprodução da vida e de caráter individual ou familiar. Com a articulação de diversos atores, esta resistência manifesta-se, além desses casos, na forma de iniciativas associativas e solidárias voltadas também à reprodução da vida, mas que vão além disso, apontando para alternativas estruturais de organização da economia, baseadas em valores como a ética, a eqüidade e a solidariedade, e não mais no lucro e no acúmulo indiscriminado: esta é a Economia Solidária, que vai se construindo e crescendo rapidamente.
No Brasil, o crescimento da Economia Solidária enquanto movimento – ultrapassando a dimensão de iniciativas isoladas e fragmentadas no que diz respeito a sua inserção nas cadeias produtivas e nas articulações de seu entorno, cada vez mais se orientando rumo a uma articulação nacional, configuração de redes locais e uma plataforma comum – dá um salto considerável com as várias edições do Fórum Social Mundial, espaço privilegiado em que diferentes atores, entidades, iniciativas e empreendimentos puderam construir uma integração que desembocou na demanda apresentada ao recém-eleito presidente Lula pela criação de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES). Simultaneamente à criação desta Secretaria, foi criado, na III Plenária Nacional de Economia Solidária, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), representando este movimento no país. Com estas duas instâncias, somadas ao processo de construção de um campo da Economia Solidária no interior da dinâmica do Fórum Social Mundial, podemos dizer que a Economia Solidária no Brasil passou por um crescimento e estruturação muito grandes.

Um comentário:

  1. Otimo texto sugerido.
    Eu já tinha ouvido falar sobre Economia Solidária no Brasil mas,particularmente não fazia idéia do que si tratava o assunto.

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